quinta-feira, 9 de junho de 2011

Confissão

Não deixei de ser nada do que já me propus a ser um dia.

Desde o tenro sonho de ser astronauta, depois bailarina, depois atleta, depois ativista política, depois jornalista/engenheira...

Sou essa proposta, sou essa vontade, sou essa pessoa inacabada.

Vivo a me imaginar, a ser diferente a cada dia, a cada segundo, a cada Lua.

E sou inteira nesse projeto de ser sempre algo novo, alguém novo, com uma história nova.

E mesmo se fosse estação, teria cores variadas, mudaria conforme a valsa e me adaptaria aos mais variados tipos de viajantes.

E certa que sou da minha índole trem, vivo a admirar por onde ando, absorvo o que aprendo, vivo a paisagem.

Por isso não abandono a mim, pois em mim está tudo que quis, quero, imagino, desejo, sublimo.

E quando convido alguém a entrar na minha vida, convido em coro, convido em várias línguas, em vários sotaques.

Ofereço uma janela, uma tela, uma oportunidade de recomeçar.

Isso não é relato, nem um pedido, é apenas uma confissão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário