quinta-feira, 9 de junho de 2011

Máscara

Tem umas coisas engraçadas, eu ia escrever um texto motivacional, tipo: seja feliz, ame, não desanime, seja aberto e blá blá blá.

E até que escrevi umas três linhas, mas quando reli, comecei a rir e pensei: isso não tem nada a ver comigo.

Não que eu não ame, nem que não seja feliz, nem tão pouco porquê estou desanimada ou fechada, mas sim porquê eu sou tão crítica, tão-tão que nem mesmo eu escapo de mim. Analiso cada momento que vivo, pesando e avaliando se estou sendo mesmo feliz, se estou mesmo amando, se estou mesmo dando a dose certa de ânimo na minha vida e me policio o tempo inteira para não ser tão aberta.

Nunca me esqueço de um professor de inglês, que em sala de aula disse que as pessoas imprimem suas personalidades em absolutamente tudo que fazem, até no ato do suicídio.

Falou que uma pessoa debochada, que quer dizer ao mundo que não está nem ai para ele, uma pessoa sem pudor, opta pelo enforcamento e se for bonachona, ainda fica despida. Falou que uma mulher, quase nunca se suicida com arma de fogo no rosto, pois prefere morrer com o rosto intacto, a fim de que as pessoas ou a pessoa olhe para ela, olhe para o rosto dela e se arrependa(m) do mal que supostamente a fez(fizeram). O homem que se mata com o tiro no rosto, é orgulho, pois não quer ser visto em ato tão fraco. Uma pessoa negativa se envenena, para ir sentindo a morte, sofrendo minuto a minuto, envenenando-se mais do que o próprio veneno.

Enfim, exemplos macabros, mas a tônica é só para ilustrar que não adianta a gente se esconder; hora mais ou hora menos a gente sempre se mostra.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Pena que muitas vezes a máscara só funcione para quem está usando e muitas vezes essa nem percebe.

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  3. É verdade, nem sempre se percebe as próprias máscaras! O que fazer então?

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